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terça-feira, 31 de março de 2015

WhatsApp libera chamadas de voz para todo mundo no Android

A espera foi longa, mas acabou. A partir desta semana, os usuários que usam o WhatsApp no Android podem realizar chamadas de voz pelo serviço sem depender de convites ou qualquer outro artifício.


O WhatsApp informou a intenção de liberar a funcionalidade em fevereiro do ano passado, mas somente meses depois é que as chamadas de voz começaram a ser testadas com um número razoável de usuários.


Alguns poucos felizardos receberam o recurso sem realizar nenhuma ação. Nas últimas semanas, boa parte dos interessados teve que receber ligação de um usuário que tinha a função para somente então habilitá-la em seu smartphone. Outros ainda recorreram à instalação do WhatsApp via arquivo APK para tentar ativar as chamadas.

Agora, tudo o que é necessário fazer é utilizar a última versão do app. Se você já a tem, mas o recurso não aparece, talvez seja necessário “reiniciar” o aplicativo (não funciona se você fechá-lo, mas o app ficar aberto em segundo plano). Comigo a função apareceu dessa forma.

O uso é muito simples. Com a ativação, a tela principal passa a exibir três abas: Ligações, Conversas e Contatos. Ao ir para a primeira, basta clicar no ícone de chamadas no canto direito superior e escolher a pessoa com a qual você deseja falar. Não há cobrança de tarifas, vale ressaltar, mas se você realizar chamadas via rede 3G ou 4G, deve prestar atenção no consumo de dados.

No iOS, o recurso também vem sendo testado, mas a novidade não deve chegar tão prontamente à plataforma. Durante a conferência para desenvolvedores F8, realizada na semana passada, o cofundador do WhatsApp Brian Acton revelou que a companhia passou os últimos meses refinando a funcionalidade no Android e, por conta disso, a liberação geral para o iPhone pode levar mais algumas semanas.

Cade aprova compra da GVT pela Telefónica

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira (25) a compra da GVT pela Telefónica, dona da Vivo no Brasil. A notícia chega seis meses após o grupo espanhol ter fechado um acordo para adquirir a operadora pelo equivalente a R$ 22 bilhões, em setembro de 2014. Para que a compra fosse autorizada, as empresas assinaram um acordo com o Cade para evitar a concorrência desleal no setor de telefonia.

O mercado de telefonia é bem amarradinho. A Telefónica, proprietária da Vivo, também tem participação na Telecom Italia, dona da TIM no Brasil. Por sua vez, a Vivendi, antiga proprietária da GVT, é dona de parte da Vivo. Tudo muda de mãos: 8,3% de participação na Telecom Italia serão transferidos da Telefónica para a Vivendi (os 6,5% restantes deverão ser vendidos). E a Vivendi terá que eliminar sua posição na Vivo. Bem simples.

O que realmente interessa para nós são os acordos relacionados aos serviços. Por pelo menos três anos, a cobertura de telefonia, banda larga e TV por assinatura não poderá ser reduzida — se atualmente a GVT ou a Vivo oferecem determinado serviço num local, ele deverá continuar sendo oferecido. Além disso, os pacotes e ofertas assinados pelos clientes precisarão ser mantidos.

Outra exigência está relacionada com a velocidade de conexão à internet. A GVT, que não vende mais planos de baixa velocidade, tem uma velocidade média de acesso maior que a de outras operadoras. A Vivo se comprometeu a manter a velocidade média das conexões dos clientes da GVT em, no mínimo, 15,1 Mb/s. Isso vale por três anos, para todo o território nacional, exceto para o estado de São Paulo, onde a média deverá ser de pelo menos 18,25 Mb/s.

Na tarde de ontem, houve alterações nos comandos. O presidente da Telefônica Brasil, Antônio Carlos Valente, deixou o cargo e deverá assumir outras responsabilidades na América Latina. O diretor geral, Paulo César Teixeira, também abandonará o cargo. A Telefónica vai propor ao Cade a nomeação de Amos Genish, atual CEO da GVT, para ocupar a presidência da Telefônica Brasil.

A compra da GVT pela Telefónica foi aprovada de forma unânime pelo Cade.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Windows 10 será de graça para todo mundo, inclusive para quem usa Windows pirata

Windows 10 - múltiplos dispositivos




A Microsoft já havia anunciado que a atualização para o Windows 10 seria totalmente gratuita para os atuais usuários do sistema operacional, inclusive para máquinas que ainda rodam o antigo Windows 7, lançado em 2009. Nesta quarta-feira (18), a empresa deu mais um passo rumo a uma empresa de serviços: o Windows 10 será de graça mesmo para quem não possui uma licença original.

A informação foi divulgada pelo chefe da divisão de sistemas operacionais da Microsoft, Terry Myerson, durante a conferência WinHEC, que acontece na China. Segundo aReuters, a medida foi pensada principalmente para o mercado chinês, onde o Windows é altamente pirateado: no país, três em cada quatro computadores não possuem uma licença válida. A Microsoft confirmou que a medida será válida em todo o mundo.

“Vamos atualizar todos os computadores qualificados, genuínos e não genuínos, para o Windows 10”, disse Terry Myerson. Trata-se de uma grande mudança de estratégia para uma empresa que tentou combater a pirataria por diversas vezes. Como lembra o The Verge, o Windows XP foi o primeiro sistema operacional da Microsoft a ter um sistema de ativação para verificar seriais, que foi rapidamente quebrado quando uma chave corporativa foi distribuída pela internet. FCKGW…

O Windows 10 será lançado entre julho e setembro em 190 países e 111 idiomas. Usuários interessados em testar a nova versão já podem baixar o Windows 10 Technical Preview na página da Microsoft.

segunda-feira, 16 de março de 2015

O que, de fato, é internet das coisas e que revolução ela pode trazer?

A resposta saberemos nos próximos anos, mas uma coisa é certa, uma nova revolução digital está prestes a acontecer.

Há alguns anos, devido ao crescimento exponencial no número de pessoas com acesso a computadores e a internet, se tornou bastante comum ouvirmos especialistas afirmarem peremptoriamente que estávamos vivenciando um marco em nossa história, a “era da inclusão digital”. O Brasil, por exemplo, atingiu em 2014 o incrível número de 86,7 milhões de habitantes plugados na rede mundial de computadores, o que representa mais de 50% de sua população, segundo dados do IBGE.

De fato, a internet mudou definitivamente o nosso cotidiano, pois permitiu, sobretudo, uma velocidade de acesso a informações que até então não tínhamos. Mas se a internet “das pessoas” pode ser considerada uma verdadeira revolução, creio que ainda não exista em nosso dicionário uma palavra para classificar as iminentes mudanças que a “Internet das Coisas” (Internet of things) pode nos proporcionar.

Mas o que é a Internet das Coisas? Para você que ainda não conhece o termo, a Internet das Coisas é um conceito no qual dispositivos de nosso dia a dia são equipados com sensores capazes de captar aspectos do mundo real, como por exemplo, temperatura, umidade, presença, etc, e envia-los a centrais que recebem estas informações e as utilizam de forma inteligente.

Ok, mas e na prática? Como a Internet das Coisas pode ser aplicada em nossas vidas? Ainda é cedo para dizer, pois novas idéias surgem a todo momento. Diversos eventos e amostras acontecem constantemente e mostram casas “inteligentes”, que por exemplo permitem que o dono acenda e apague as luzes de qualquer lugar pelo smartphone, porta da garagem que abra sozinha ao detectar que o carro está se aproximando, porta de casa que dispensa chave e abra pelo telefone ou reconhecimento facial, e diversas outras idéias que ainda parecem um pouco distantes de se tornarem comerciais. Mas podemos citar alguns exemplos que já existem à venda no mercado:

• Sensor Nike + Apple. Já disponível no site da Apple, trata-se de um sensor Nike que deve ser colocado embaixo da palmilha do tênis. Através de seu smartphone ou Ipod, você define, por exemplo, a distância que pretende correr, quantas calorias deseja perder, o seu trajeto e até mesmo uma lista de músicas para ouvir durante o seu exercício. Ao finalizar esta atividade, todas as informações são enviadas automaticamente para o site nikeplus.com, onde o postulante a Usain Bolt pode acompanhar todo o seu histórico de corridas, acompanhar sua evolução e até dividir seus resultados.

• Caixa de Remédios Inteligente AdhereTech. A Adhere Tech desenvolveu uma embalagem inteligente de remédios que avisa ao paciente o horário em que ele precisa tomar seus medicamentos. A embalagem possui um sensor capaz de identificar se a mesma foi aberta ou não, além de controlar a quantidade de medicamento que ainda resta, avisando com antecedência quando o medicamento estiver próximo de terminar. A embalagem inteligente envia as informações para o servidor da empresa que pode mandar alertas para os pacientes através de sms, e-mails e até ligações telefônicas. Além disso, a própria embalagem emite uma luz vermelha e um bipe sonoro, sempre que o paciente não tomar a medicação no horário correto.

• Refrigerador Inteligente Samsung. Geladeiras inteligentes são talvez o mais comum dos exemplos quando falamos sobre Internet das Coisas. O refrigerador Samsung RF28HMELBSR/AA, por exemplo, é equipado com uma tela LCD capaz de reproduzir a tela de seu smartphone no refrigerador. É possível reproduzir vídeos e músicas, consultar a previsão do tempo e até mesmo fazer compras online enquanto verifica na geladeira os itens que precisam ser comprados. O refrigerador traz ainda um app chamado Epicurious, que permite a consulta de receitas online. 

O que devemos esperar do futuro da Internet das Coisas?

Segundo dados divulgados pelo Gartner, em 2015 o número de dispositivos conectados à Internet das Coisas (IoT) deve chegar a 4,9 bilhões, um aumento de 30% em relação a 2014. Ainda segundo o Gartner, os investimentos em Internet das Coisas devem chegar a US$ 69 bilhões em 2015 e alcançar quase US$ 300 bilhões em 2020.

Segundo muitos especialistas, um dos grandes obstáculos da Internet das Coisas é a interoperabilidade entre os dispositivos, devido aos diferentes protocolos que atualmente podem ser utilizados por eles para a troca de informações. Acredito, porém, que este desafio será vencido em um futuro muito próximo, dada a quantidade de empresas de peso que se uniram em prol do desenvolvimento de um padrão de comunicação para estes dispositivos.

Particularmente, creio que o principal desafio da Internet das Coisas é conseguir utilizar a tecnologia para oferecer itens realmente úteis em preços acessíveis ao consumidor final. A Internet das Coisas não pode ser uma gincana onde a empresa que mostrar o mais alto nível de tecnologia sairá vencedora. Afinal, o fato de algo ser possível não quer dizer que deva ser feito. Será que o valor gasto em pesquisas (e o valor cobrado do cliente final) é justificável para que tenhamos uma geladeira com acesso à internet? Ao invés disso, será que um dia nosso refrigerador poderá se comunicar com nosso carro e, ao detectar que estamos próximos a um mercado, poderá enviar para nosso smartphone uma lista de compras baseada nos alimentos que estão acabando ou vencendo em nossa geladeira?

Indubitavelmente, a possibilidade de instalar sensores e coletar informações de dispositivos que antes nunca foram monitorados é a grande aliada da Internet das Coisas, mas o que pode ser feito com estas informações ainda é a grande pergunta. A resposta saberemos nos próximos anos, mas uma coisa é certa, uma nova revolução digital está prestes a acontecer.

Rodrigo Nascimento é diretor de operações da FNC IT.