Pesquisar este blog

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Wi-Fi: entenda a relação entre a força do sinal e a velocidade da conexão

Todo mundo que já utilizou uma rede Wi-Fi sabe que, quanto mais forte estiver o sinal, melhor será a conexão. É algo semelhante ao ouvir música: quanto mais perto você estiver da origem do som, melhor você conseguirá perceber suas nuances.

No entanto, a relação exata que existe entre a força do sinal Wi-Fi e a taxa de transmissão de dados da conexão é consideravelmente mais complexa do que isso. Em outras palavras, se você estiver a uma distância duas vezes maior do roteador Wi-Fi do que outra pessoa, isso não significa que a sua conexão será duas vezes mais rápida que a dela.

O sinal do Wi-Fi é transmitido por meio de ondas de ultra-alta frequência (UHF na sigla em inglês) ou superalta frequência (SHF) do espectro de rádio. Com isso, está sujeito às mesmas interferências e instabilidades das demais ondas de rádio.

Interferência de radiofrequência

Um desses obstáculos é a chamada interferência de radiofrequência, ou RF. O mundo em que vivemos é repleto de sinais de rádio, e praticamente qualquer dispositivo eletrônico pode transmitir esses sinais, desde fones de ouvido sem fio bluetooth até fornos de microondas.

Quando um "cliente" de Wi-Fi (um aparelho que está recebendo dados via Wi-Fi) percebe outro sinal de radiofrequência - mesmo que não se trate de um sinal Wi-Fi - ele fica confuso, e para de transmitir e receber sinais até que esse outro sinal seja interrompido. 

Isso acaba causando a redução da taxa de transmissão de dados da rede, e em alguns casos resulta em perda de pacotes - dados que saem de um local, mas nunca chegam a seu destino. Nesses casos, os dispositivos precisam retransmitir os dados, o que também diminui a velocidade da conexão.

Mudando de marcha

Outro fator que todos nós sabemos que afeta a taxa de transmissão de dados é a distância: quanto mais perto estivermos da fonte do sinal, melhor a velocidade da conexão. Mas, como dissemos anteriormente, essa relação não é direta. Isso porque, conforme a força do sinal aumenta, os dispositivos conseguem utilizar Esquemas de Modulação e Codificação (MCS, na sigla em inglês) mais complexos. 

Os MCSs são, basicamente, a linguagem por meio do qual os sinais são transmitidos: quando o sinal está mais forte, os dados podem ser transmitidos em linguagens mais complexas, que oferecem uma taxa maior de transferência de dados. 

No entanto, por se tratar de interações mais complexas, os MCSs que permitem conexões mais rápidas são, também, mais sujeitos a interferência. Assim, conforme o sinal vai enfraquecendo, o dispositivo WiFi passa a usar MCSs menos complexos (e mais "lentos") para garantir a integridade da conexão.

É possível pensar nos diferentes MCSs como diferentes marchas de um carro: conforme o carro fica mais rápido, é necessário mudar de marcha para que a velocidade aumente ainda mais. Os roteadores são assim também: com determinada força de sinal, eles "mudam de marcha" para um MCS mais complexo, o que oferece um ganho considerável de velocidade na conexão. 

Isso funciona no sentido oposto também: conforme o sinal se enfraquece, chega um ponto em que é necessário trocar de MCS, deixando a conexão consideravelmente mais lenta. Isso explica por que um passinho para um lado ou para o outro pode fazer tanta diferença na sua conexão.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Windows 10 acessa câmera mesmo desligada; veja como desabilitar recurso

A nova versão do sistema operacional da Microsoft já foi questionada sobre o quesito privacidade diversas vezes em discussões no mercado de tecnologia que giram em torno da privacidade dos usuários. E um dos temas polêmicos é o acesso do sistema à câmera do computador, mesmo que ela aparentemente esteja desligada. 

A Microsoft justificou o recurso do sistema em um fórum na internet (clique aqui para ver, em inglês): o Windows 10 é capaz de fazer o desbloqueio da máquina através de um sistema facial. O Microsoft Hello precisa usar a câmera para que possa desbloquear a tela e, quem utiliza este recurso, automaticamente permite o acesso sorrateiro do Windows às câmeras de computadores e notebooks.

Para desabilitar o recurso, basta acessar Configurações – Contas - Opções de Entrada - Windows Hello e, em seguida, desativar o acesso à câmera. Segundo a Microsoft, este procedimento basta para preservar a privacidade do usuário.

Sites de torrent estão banindo usuários de Windows 10

Alguns sites privados de torrent, como é o caso do iTS e do FSC, estão preocupados com os novos Termos de Uso do Windows 10 e estão banindo os seus usuários. A razão para isso seria porque alguns trechos autorizam que a Microsoft monitore os HDs dos usuários em busca de hardwares falsos.

No iTS eles publicaram uma mensagem que explica um pouco melhor as razões que os levaram a tomar essa atitude. Entre os pontos citados estão a revogação de qualquer tipo de proteção de dados pela Microsoft e o fato de eles poderem enviar o conteúdo do disco local de seus usuários para outros, como a empresa anti-pirataria MarkMonitor.

Dessa forma, os membros do site que usam o sistema acabam sendo redirecionados para um vídeo que explica os detalhes e os perigos desses termos. O Windows 10 já teve alguns problemas por compartilhar informações, como o envio de senhas de Wi-Fi para os seus contatos e a gravação de dados do uso do teclado por pessoas que digitam mais cuidadosamente.

Uma das mudanças que é considerada a pior está no consentimento com um documento que cobra o uso de serviços como Cortana, Skype e Xbox Live: \\\"Nós poderemos checar automaticamente a versão do seu software e baixar atualizações ou mudanças de configuração, incluindo aquelas que lhe previnem de acessar aos serviços, jogar jogos falsificados ou usar hardwares não autorizados\\\".

Apesar de ainda não existirem fatos que comprovam que a Microsoft está realmente enviando detalhes dos dados e apps dos seus usuários para análise, isso está deixando muita gente bastante preocupada.