Um estudo feito pelo Multimedia Research Group aponta que, até 2016, as vendas de dispositivos USB 3.0 atinjam 2,4 bilhões de unidades, um crescimento de 540% em relação a 2012. Mas muita gente ainda compra por impulso, sem saber qual é a real diferença entre a antiga tecnologia (USB 2.0) e o novo USB 3.0. A gente explica, logo abaixo:
Primeiro, a origem:
A tecnologia USB surgiu no ano de 1994 e, desde então, vem passando por várias revisões. As mais populares são as versões 1.1 e 2.0, sendo esta última ainda bastante utilizada. A primeira é capaz de alcançar, no máximo, taxas de transmissão de 12 Mb/s (megabits por segundo), enquanto que a versão 2.0 pode oferecer até 480 Mb/s (que corresponde a 60 megabytes por segundo).
Mas o número de conexões de alta velocidade à internet cresceu ao longo do tempo, fazendo com que as pessoas queiram consumir, vídeos, músicas, fotos e jogos em alta definição. Noutras palavras, os arquivos estão cada vez maiores, e isso exige novas tecnologias de transferência rápida de dados.
Com suas especificações finais anunciadas em novembro de 2008, o USB 3.0 surgiu para dar conta dessa demanda.
USB 3.0:
Também chamado de Super Speed US, o USB 3.0 é uma tecnologia de transferência de dados até 60 vezes mais rápida que a geração anterior, com velocidades de leitura que atingem até 4,8 Gb/s (5 Gb/s, arredondando), que correspondem a cerca de 600 megabytes por segundo (contra 480 Mb/s ou 60 megabytes por segundo do USB 2.0).
Essa tecnologia também se destaca pela maior eficiência energética: o USB 2.0 trabalha com corrente de até 500 miliamperes e tensão de 5 volts, enquanto que a versão mais nova pode suportar 900 miliamperes e 5 volts. Noutras palavras, ela consegue alimentar dispositivos que consomem mais energia, evitando a complementação com fontes de alimentação externas (tomadas).
No que se refere à transmissão de dados em si, o USB 3.0 faz esse trabalho de maneira bidirecional, ou seja, entre dispositivos conectados, é possível o envio e o recebimento simultâneo de dados. No USB 2.0, é possível apenas um tipo de atividade por vez.
Vantagens da geração anterior, que ainda é compatível com o USB 3.0, também fazem parte do pacote: o suporte Plug & Play (plugar e usar, sem necessidade de instalar drivers manualmente), uso de mais de um dispositivo na mesma porta USB; e o Hot Swappable (capacidade de conectar e desconectar dispositivos sem precisar desliga-los antes).
Tipos de Conectores:
Ok, aqui o negócio fica um pouco mais complexo. Dependendo da função ou gadgets utilizados, o conector USB pode ter tamanhos e formatos diferenciados.
Conectores USB Tipo-A e USB Tipo-B, respectivamente.
Uma das pontas sempre terá aquele aspecto retangular, padrão do USB, com apenas duas características que a diferem do USB 2.0: ao invés da cor preta, o conector USB 3.0 é azul, com o logotipo “SS” (vindo de “Super Speed”, ou super velocidade, em tradução livre). É o chamado conector USB 3.0 A.
Quanto à outra ponta, esta pode ser do tipo USB 3.0 A, B (com aspecto quadrado, usado em impressoras ou scanners), Micro ou Mini USB (com aspectos mais compactos, usados na maioria dos smartphones e tablets). O padrão “B” também é produzido em uma versão “usb powered”, que fornece até 1000 miliamperes de energia para os dispositivos conectados.
Tipos de conectores e entradas USB
Há limite para o tamanho do Cabo?
Quanto ao tamanho dos cabos, não há um limite definido. No entanto, testes efetuados por entidades especializadas recomendam, no máximo, até 3 metros para total aproveitamento da tecnologia. Após essa medida, existem perdas consideráveis na taxa de transmissão de dados e na velocidade com que a o gadgets conectado é carregado.
E o Futuro? (USB 3.1 e Conector USB-C):
Conector USB-C (menor) ao lado de um cabo A (tradicional)
Em agosto de 2013, a USB.org anunciou as especificações finais do USB 3.1 (também conhecido como SuperSpeed USB 10 Gbps). Ele se propõe a oferecer taxas de transferência de dados de até 10 Gb/s (equivalentes a 1,2 gigabyte por segundo).
Aqui, não há uma mudança significativa no padrão 3.0. O “segredo”, essencialmente, está no uso de um método de codificação de dados mais eficiente e que, ao mesmo tempo, não torna a tecnologia mais cara. E, graças a uma especificação chamada USB Power Delivery, uma única porta USB 3.1 consegue fornecer até 100 watts (corrente de até 5 amperes e tensão de até 20 volts).
Outra novidade que já existe desde agosto de 2014, mas só agora começa a aparecer em gadgets e dispositivos, é o conector USB tipo C (USB Type-C, em inglês).
O padrão tem como principal atrativo a adoção de um conector reversível: o conector USB-C pode ser encaixado de qualquer lado na entrada USB.
Por ser preparado para trabalhar com o USB 3.1, o conector USB-C também pode lidar com até 100 watts – o fornecimento de energia é de até 3 amperes no cabo padrão e 5 amperes no conector em si. Assim, um único cabo pode ser usado tanto para tráfego de dados quanto para alimentação elétrica de determinados dispositivos.
Outra característica interessante do USB-C é o Alternate Mode (em tradução livre, Modo Alternativo). Com este recurso, fabricantes podem criar funcionalidades adicionais para cabos e entradas no padrão.
Um exemplo vem da VESA (Video Electronics Standards Association). A entidade compatibilizou as versões mais recentes da tecnologia DisplayPort com o USB-C. Assim, um dispositivo (como um laptop) que tiver uma entrada que combine ambos os padrões (USB e DisplayPort) poderá transmitir vídeos para uma TV ou monitor em resolução 4K ou superior.
Quer saber mais? Visite o site USB.org (em inglês) e Wikipedia. Confira também o texto do site Infowester, usado como referência para esta publicação.
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