Sistemas operacionais para celulares são quase como times de futebol atualmente. O seu é sempre o melhor e o dos outros é inferior. No Olhar Digital não acreditamos nisso, no entanto. A verdade é que cada um tem seus pontos positivos e negativos que se adequam melhor às necessidades de cada pessoa.
Por isso, listamos abaixo as principais características fortes e fracas de cada uma das plataformas móveis. Confira abaixo e veja o que melhor se encaixa no seu perfil.
Do Android:
Se você está pensando em adquirir um aparelho Android, você faz parte de uma maioria. O sistema é bastante popular, por estar disponível para todas as classes sociais, desde os mais pobres, com aparelhos de baixo custo, até os mais ricos, com smartphones que custam uma fortuna como o Galaxy S6 Edge.
Como parte de uma maioria, também é necessário saber: você se tornará o principal alvo de ataques virtuais do que os usuários de outras plataformas. Mas não se assuste. A maioria dos vírus e aplicativos maliciosos que se espalha no Android faz isso por apps instalados de forma “alternativa”, por lojas suspeitas ou por meio de APKs. Baixe o que você tem que baixar direto do Google Play e você estará seguro na maior parte dos casos, mas mantenha-se atento às avaliações dos outros usuários e na reputação do desenvolvedor para garantir.
Outra observação sobre segurança, talvez um pouco mais séria. Existe uma possibilidade grande de que você não receba as atualizações de software necessárias para manter seu sistema seguro em dia. Por haver muitos aparelhos, de muitas fabricantes, cada modificando o sistema à sua maneira, com muitos tamanhos de tela, com o envolvimento de muitas operadoras, o processo de atualização costuma ser moroso, a menos que você tenha um smartphone da linha Nexus. Um software desatualizado é um convite a ataques digitais, infelizmente.
Também é importante observar que, se você está procurando um celular muito barato, você pode ter problemas com o Android. O sistema é notoriamente mais pesado que os concorrentes, e os aparelhos que apelam pelo preço mais baixo geralmente não têm os componentes necessários para rodar o software de maneira satisfatória. Se procura custo-benefício com o Android, é recomendável começar a procurar aparelhos por a partir dos R$ 600; abaixo disso, o Windows Phone costuma oferecer uma experiência melhor.
No mais, o Android atende a todos os tipos de público, desde os mais leigos, que procuram apenas usar alguns aplicativos básicos, quanto o aficionado por tecnologia, que gosta de extrair o máximo do produto. Isso porque ele permite todo tipo de configuração mais profunda e várias opções de customização, que não existe em nenhum outro sistema. Há ainda a opção do root para ter o controle definitivo de basicamente todas as funções do aparelho, o que é recomendado apenas para quem realmente sabe o que está fazendo.
Os aparelhos também costumam oferecer a opção de expansão de memória via cartão microSD, que pode ser uma mão na roda para quem precisa de mais espaço no celular, mas não quer pagar muito mais por isso.
Do iOS
Escolher o iOS é escolher o iPhone. A afirmação parece redundante, mas é significativa para o que a Apple se propõe a fazer. Diferente do Android, que foi abraçado por inúmeras fabricantes, com o iOS só existe o iPhone, que é controlado a rédeas curtas pela Apple. Isso tem alguns pontos positivos e outros negativos.
Segurança talvez seja o principal dos pontos positivos. A Apple tem um processo rígido de aprovação de aplicativos em sua loja, e instalar aplicativos por meios alternativos é quase impossível, o que torna praticamente inviável a infecção do aparelho por algum software malicioso.
As atualizações são um ponto forte. Quase toda a base de usuários recebe a nova versão do iOS no mesmo dia em que ela sai, exceto os aparelhos que não são mais suportados. O problema é que talvez a Apple vá um pouco além do limite em quais aparelhos ela deve atualizar. O iPhone 4s, por exemplo, recebeu o iOS 8 no ano passado e houve severas críticas de queda de desempenho, já que o hardware de 2011 já não conseguia mais dar conta do novo software.
Estabilidade é outro fator importante. Por ter controle total do hardware, a Apple é capaz de extrair o máximo de desempenho de seu produto, mesmo que suas configurações pareçam inferiores à concorrência no papel. Ao mesmo tempo, desenvolvedores de aplicativos também sabem exatamente o que esperar dos aparelhos, evitando erros súbitos.
Dito isso, há os pontos negativos. O que o iPhone tem em estabilidade, ele perde em customização para os demais concorrentes. Todos os aparelhos da Apple são iguais entre si, e a única forma de ter um modelo “diferente” é comprar uma capinha para o aparelho.
Você também não tem a liberdade de instalação de aplicativos que há no Android. Se a Apple não aprova, você não tem acesso, simples assim (a menos que você faça o jailbreak). Assim, você está restrito ao “jardim” da empresa. Acessórios também dependem da aprovação da empresa para funcionar.
E, finalmente, preço. No exterior, por algum motivo, a Apple não pratica valores muito mais altos do que da concorrência, mas no Brasil isso acontece e é bastante evidente. É uma tradição o novo iPhone ser o aparelho mais caro do mercado. E, como nenhuma outra empresa do mercado faz iPhones, quem quer um aparelho iOS é obrigado a aceitar (ou dar um jeito de importar).
Outro ponto fraco é a não-existência da possibilidade de expandir a memória do celular. Se você precisa de espaço, precisa comprar um iPhone com mais armazenamento interno e pagar US$ 100 ou R$ 400 a mais por isso, quando um cartão microSD de R$ 50 faria o mesmo trabalho.
Ele também não é tão versátil em relação aos widgets, um dos destaques do Android, que permitem acesso rápido a vários recursos dos aplicativos instalados.
Do Windows Phone
Você será parte de uma minoria, e precisará lidar com isso, infelizmente. Novos aplicativos demorarão a ser lançados, isso se forem lançados. Você precisa se acostumar a perguntar “quando X sairá para o Windows Phone?” e não obter uma resposta clara. Também é necessário saber que os aplicativos que você já tem instalados no seu aparelho estão defasados em comparação com o mesmo serviço nas outras plataformas.
No entanto, isso pode estar para mudar com o Windows 10 Mobile, que chega provavelmente até o fim deste ano. A Microsoft está fazendo um esforço para facilitar a vida de desenvolvedores das plataformas rivais para que levem seus apps para o Windows, aproveitando o domínio massivo do sistema operacional nos PCs. Os aplicativos universais para a plataforma Windows, abrangendo mobile e computadores, podem mudar o mercado, mas isso é algo para acompanharmos no futuro.
Dito isso, o Windows para celulares é uma plataforma bastante interessante, que serve como um bom meio termo entre a liberdade (às vezes caótica) do Android e a segurança (às vezes restritiva) do iOS.
Não há muitos relatos de vírus e malwares que atinjam o Windows Phone, então o seu usuário está basicamente seguro, a não ser que uma surpresa aconteça. Ao mesmo tempo, o processo de liberação de aplicativos para a loja da Microsoft não é tão fechado quanto o da Apple, permitindo maior diversidade, embora o volume total de aplicativos na loja do iOS seja consideravelmente maior do que o do Windows.
Há diversidade de aparelhos na linha de produtos com Windows Phone, embora atualmente todos os modelos venham da própria Microsoft, o que permite que todo o tipo de público tenha acesso a um, desde um Lumia 430, que pode ser encontrado por R$ 300, até os tops Lumia 930 e 1520, que já estão há algum tempo no mercado e graças a isso já tiveram um corte de preço, custando menos do que a média do mercado. Os modelos são diversificados e não passam a impressão que todo mundo tem o mesmo aparelho que o seu.
Falando no Lumia 430, o Windows Phone oferece uma experiência excepcionalmente boa em aparelhos de baixo custo, já que por ser um sistema muito leve, não exige hardware parrudo para funcionar com fluidez. Portanto, se o dinheiro está realmente curto, o WP é uma opção ainda melhor que o Android. A competição entre os dois só começa a ficar parelha na faixa de preço dos R$ 600 ou mais.
Em relação à interface, ele se diferencia bastante de Android e iOS graças aos blocos dinâmicos, que podem ser redimensionados e reposicionados livremente, dando um bom senso de customização para o usuário. Os live tiles também servem como widgets, oferecendo informação dos aplicativos em tempo real, o que pode ser bastante útil para aplicativos de esportes, previsão do tempo, e basicamente qualquer outro serviço que se beneficie de informação rápida.
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