Provavelmente você, ao usar seu smartphone ou tablet com 3G/4G, já se deparou com as letrinhas que aparecem junto com o sinal de celular, e ficou se perguntando que raios são aqueles G, H, H+, E… etc.
Outro fato também que você provavelmente já reparou é que quando aparece “E” ou “G”, a internet fica mais lenta, quase impossível de usar. Por que?
Bom, essa e demais perguntas são simples de responder, e farão bastante sentido após a explicação do que é cada letra. Vamos listá-las em ordem de velocidade e surgimento da tecnologia.
G - GPRS
Esse é o terror de quem assiste vídeos usando a rede do celular. O GPRS (General Packet Radio Service) foi implantado em 2000, podendo transmitir somente a 171 Kb/s. A grosso modo, quando implantado em conjunto com uma rede 2G, forma uma rede “2.5 G”. Ele na verdade é um protocolo que permite que redes 2G, 3G e WCDMA transmitam pacotes de dados para a internet, e é um subsistema do GSM. O formato é bem comum no Brasil em áreas onde não há cobertura 3G, mas onde chega o 2G. Por isso a internet normalmente é lenta.
E - EDGE
O infame “E” que deixa a internet lenta. O EDGE (Enhanced Data Rates for GSM Evolution) é uma tecnologia 3G que oferece um avanço considerável em relação ao 2G e ao GPRS, mas que é lenta em relação ao HSPDA e HSPDA+, e obviamente o 4G. Ela surgiu em 2003 e oferece velocidades de download na casa dos 400 Kbit/s, e normalmente está presente onde não tem HSPDA.
H - HSPDA
O formato é um aprimoramento do 3G, e também chamado de 3.5G, 3G+ ou Turbe 3G. Seu nome vem de High-Speed Downlink Packet Access e permite velocidades máximas teóricas de download de 42.3 Mbit/s, mas na prática o máximo que se chega é na casa dos 14 Mb/s.
H+ - HSPDA+
Essa é uma evolução do HSPDA, e fornece velocidade de download de até 168 Mb/s.
4G / LTE
Esse é o famoso 4G, que ainda está em implantação no Brasil. Tanto o 4G quanto o 2G e 3G na verdade são uma série de padronizações e protocolos, então não existe uma única definição. No geral, as redes 4G devem oferecer velocidades de download de até 300 Mbit/s.
Obviamente essas velocidades dependem das operadoras, e aqui no Brasil elas deixam a gente bem na mão. As redes 3G poderiam ter velocidades altíssimas, mas essas velocidades só são oferecidas pelo 4G (ainda bem abaixo do máximo do 3G), ou seja, o 4G tem velocidade de 3G, e o 3G tem velocidade bem abaixo do que deveria.
Dependendo do seu celular, é possível selecionar o tipo de rede a ser utilizada por ele. Em alguns smartphones com Android tem como você forçar o sistema a usar determinada rede, mas normalmente a seleção é automática.
Para quem usa iPhone, uma tática meio bruta para quem se depara com a mudança de “H” ou “3G” para “E” é ativar e desativar o modo de voo. Com isso, mesmo com o sinal 3G meio fraco, ele volta a usar a rede 3G. A mudança de conexão se dá por causa da intensidade do sinal, que normalmente é maior no EDGE. Com isso o iPhone (e os demais smartphones também, obviamente) acabam selecionando o EDGE. Porém, mesmo um HSPDA com sinal fraco é mais rápido do que o EDGE com sinal cheio.
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