Ficar com a bateria zerada é um dos maiores temores dos usuários de smartphones. Infelizmente por melhores que sejam, as baterias desses aparelhos raramente superam os dois dias de uso. O que acabou sendo um pequeno retrocesso em relação à época dos "dumbphones" sem touchscreen, que conseguiram sobreviver até cinco dias sem voltar para a tomada.
A bateria curta faz com que muitos usuários adotem o uso do carregador quase o tempo todo, mesmo quando ainda tem bateria suficiente para algumas horas de uso. Mas essa tática pode influenciar na qualidade da mesma. As baterias são compostas de um material de íon-lítio, cuja vida útil é normalmente definida pelo número de ciclos de carga e descarga completa antes da perda significativa da capacidade.
Deixar a carga do celular cair constantemente para zero, e na sequência carregá-lo a 100%, tende a encurtar essa vida útil da bateria. Outro vilão é o superaquecimento, causado tanto pelo carregamento quanto pela temperatura externa. Veja mais dicas abaixo.
Evite deixar plugado e em 100% sempre
Segundo especialistas, fazer isso tende a forçar a capacidade máxima da bateria, colocando muita pressão no íon-lítio da mesma. A recomendação é deixar a bateria funcionando na faixa dos 40% a 80%, usando para isso recargas curtas ao longo do dia. A boa notícia é que os carregadores oficiais das fabricantes são "inteligentes" e reduzam a carga sobre a bateria assim que esta chega aos 100%, então deixar plugado e carregado ocasionalmente neste caso não causa grandes problemas, mas ainda assim, é bom não abusar do método.
Não zere a bateria
No extremo oposto, evite ao máximo usar seu smartphone até descarregá-lo completamente. Fique atento ao percentual da bateria quando estiver chegando aos 30% e já veja uma forma de carregá-lo. Carregar constantemente de 0 a 100% também exerce muita carga em pouco tempo na bateria, desgastando-a mais rápido. No entanto, fabricantes como a Apple recomendam fazer uma descarga completa e recarga pelo menos uma vez por mês, para fins de calibragem.
Fuja do calor
O superaquecimento é um dos fatores que acaba mais rápido com a qualidade da bateria. Então se ela estiver aquecendo enquanto carrega, é recomendável trocar o carregador por um modelo e marca confiáveis. Se o dia estiver muito quente, não utilize demais o aparelho. A uma temperatura média de 0°C, uma bateria de lítio-ion perderá 6% da sua capacidade máxima por ano. A 25 °C, esse número salta para 20%, e a 40°C, salta para 35%.
Carregamento rápido é bom?
Hoje os carregadores rápidos estão ganhando força no mercado, com as fabricantes de celulares usando isso como ferramenta de marketing. Se o carregador for de fábrica do próprio aparelho, não há muito a temer. Mas se for carregador de uma marca terceira, o cuidado deve ser maior. Quanto maior a tensão, menos perda de carga você vai ter, mas pode ser perigoso também, pois se não houver um chip inteligente que regule as descidas de tensão no início e no fim da carga, a bateria poderá sofrer um estresse.
Carregamento sem fio é ruim?
Do ano passado para cá, vem surgindo carregadores sem fio, que carregam o celular por indução, encostando-o em uma base. Novamente a dica anterior se aplica aqui; se for um carregador que veio na caixa do aparelho, feito especialmente para ele, na teoria não haverá problemas. Mas essa tecnologia tende a gerar um pouco de calor residual, o que causará mais desgaste a longo prazo;
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