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segunda-feira, 3 de julho de 2017

Entenda as reais diferenças entre telas OLED e AMOLED

Quase todo dia trazemos uma ou outra notícia com promessas de que determinada fabricante lançará um novo smartphone superior a todos os outros modelos do mercado.

Além das inovações em hardware e visual, muitas companhias apostam em novas telas e, de vez em quando, surgem novos termos para designar alguma peculiaridade do display.

Antigamente, todos os celulares (e muitos eletrônicos) vinham com telas do tipo LCD. Hoje, há smartphones equipados com TFT, LCD, IPS, OLED, AMOLED e Super AMOLED. São tecnologias muito similares, mas que possuem suas peculiaridades.

Hoje, vamos falar em específico das telas OLED e AMOLED. Sem precisar de explicação técnica, você deve ter percebido que as duas são OLED, mas o que exatamente muda? A AMOLED é superior? Isso e um pouco mais é o que vamos descobrir.
OLED: a tecnologia recheada de promessas

Apesar de só ter chegado ao conhecimento do povo recentemente, essa tecnologia nasceu lá na década de 1980, quando a Kodak apresentou o primeiro dispositivo com Diodos Orgânicos Emissores de Luz (OLED).

Apesar de antiga, a ideia demorou a ser implementada nos celulares e, de qualquer forma, não teve grande aplicabilidade ou vantagens para permanecer por muito tempo no mercado. Um dos últimos aparelhos a trazer a tecnologia foi o Nokia 7900 Prism (que é lá de 2007), ou seja, faz tempo!

Celular Nokia 7900 Prism com tela OLED (Fonte da imagem: Reprodução/amobil)

Bom, apesar de ser rara nos atuais gadgets, vale comentar por que ela foi aderida e como funciona. Primeiro, é preciso ter em mente que tudo nos celulares se trata de economia de energia, redução no tamanho dos componentes e outras vantagens que possam tornar o aparelho mais portátil e eficiente.

No caso da OLED, ela foi aderida justamente por fornecer tais vantagens. Displays dotados dessa tecnologia são compostos por camadas mais finas, emitem uma quantidade de luz superior aos LCDs, requisitam menor quantidade de energia do que os LEDs e mais: eles são flexíveis.

Basicamente, a OLED é composta por três camadas (emissora, condutora e orgânica), um cátodo e um ânodo. Uma vez projetados, esses elementos são inseridos em um substrato — que pode ser feito de plástico, vidro ou outro material. Por não necessitar de retroiluminação (como os displays LCD), esses visores ocupam pouco espaço e economizam energia.
Funcionamento

Como você deve presumir, a tecnologia OLED funciona com eletricidade. Veja mais ou menos como isso ocorre:
A bateria fornece a corrente elétrica;
A corrente é injetada no cátodo, o qual transmite os elétrons para a camada emissora;
O ânodo remove elétrons das moléculas orgânicas da camada condutora;
(Fonte da imagem: Reprodução/Descopera)

Os elétrons da corrente elétrica encontram um espaço para ocupar e preenchem os espaços, deixando o átomo com um elétron faltando;
Quando isso acontece, o elétron libera energia na forma de um fóton;
Nesta etapa, o OLED emite luz;
Por fim, a cor depende do tipo de camada orgânica utilizada.
AMOLED: a evolução do OLED

Agora que você tem uma ideia das vantagens do OLED, fica a dúvida: o que o AMOLED oferece de tão especial? Quais as diferenças desta tecnologia? Bom, o termo AMOLED vem de Active Matrix Organic Light-Emitting Diode (Matriz Ativa de Diodos Orgânicos Emissores de Luz).


Lendo o nome, você já deve ter percebido que esta tecnologia é baseada na OLED. Assim, podemos concluir que ela possui os componentes básicos: camadas orgânicas, ânodo e cátodo. A diferença das telas AMOLED consiste na presença de uma película fina de transistores (TFT), a qual é sobreposta sobre o ânodo.

(Fonte da imagem: Tecmundo/Baixaki)

A TFT é uma matriz ativa que conta com um circuito, o qual determina o comportamento de cada pixel para formar a imagem. Além de orientar aspectos sobre as cores e a luz, a TFT controla o momento em que um pixel deve ser ligado ou desligado.

Essa matriz garante que a AMOLED ofereça um tempo de resposta — e uma taxa de atualização — superior (em até três vezes) ao de outras tecnologias. Graças a tal característica, os dispositivos com esse tipo de display podem exibir vídeos com grande quantidade de movimento sem rastros na tela.

Outras vantagens da AMOLED consistem na economia de energia (visto que não é necessário alimentar um circuito externo para controlar o funcionamento dos pixels) e na fidelidade de cores (não há diferenças no brilho) em diferentes ângulos — mesmo que você vire seu celular quase 90 graus, a tela continuará exibindo imagens perfeitamente.
Super AMOLED

O surto de smartphones impulsionou consideravelmente o uso da AMOLED, mas a tecnologia em sua versão básica não satisfez a Samsung. Em 2010, a fabricante inventou uma Super AMOLED, que atualmente está presente em diversos aparelhos da Samsung e de outras marcas.

A adição da palavra “Super” é bem aplicada, visto que essas telas deixaram os celulares mais leves, rápidos e nítidos. A tática da Samsung para melhorar o AMOLED foi criar um jeito de embutir a camada “sensível ao toque” no próprio display.

Apesar de parecer bobagem, isso evita que uma camada de vidro seja colocada acima do display e resulta na redução do peso total do aparelho, em um menor tempo de detecção de toques (deixando o gadget mais rápido), em um menor índice de reflexão (deixando a tela mais nítida) e maior economia de energia (visto que não é preciso usar brilho em excesso).

Depois da Super AMOLED, que foi lançada em 2010, outras empresas criaram variantes com nomes semelhantes para alavancar as vendas de seus produtos. Algumas são apenas telas mais brilhosas, outras são capazes de trabalhar com maiores resoluções (o que não significa que haja diferença na tecnologia) e há aquelas que contam com modificações na matriz ativa.

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